Ação faz parte do "Centro de convivência ambiental” do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho
Na última terça-feira (11), o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho (PVPBM), realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal por meio do Programa Petrobras Socioambiental, promoveu um passeio acadêmico no catamarã, percorrendo o Rio Vaza-Barris com aproximadamente 30 membros do Grupo de Estudos LEAS da Universidade Federal de Sergipe (UFS), composto por alunos dos cursos de Medicina Veterinária, Ecologia, Biologia e Zootecnia. O encontro foi repleto de conhecimento e trocas acadêmicas, oferecendo aos alunos uma imersão nos temas de resgate, reabilitação, reintrodução e biologia dos mamíferos marinhos, culminados em uma simulação de encalhe de animal marinho.
A atividade denominada como “Centro de convivência ambiental” do PVPBM, visa a promoção de atividades educativas para crianças e jovens, na Paraíba, Sergipe e Bahia. Em sua primeira edição itinerante, pelas águas onde vive o peixe-boi-marinho Astro, ocorreu em alusão ao Dia Mundial da Água, celebrado no próximo dia 22 de março. Durante o passeio, os estudantes puderam contar com os conhecimentos técnico-científicos do Projeto de Monitoramento de Praias Sergipe Alagoas (PMP–SEAL), acerca de encalhes de cetáceos, bem como desvendar as curiosidades sobre da Rota Do Peixe-Boi-Marinho por meio do turismo pedagógico do projeto.
Durante o trajeto, foi discutido a importância da fauna e flora presentes ao longo do Rio com foco nos peixes-bois-marinhos, que utilizam o local como fonte de alimentação, hidratação e descanso. Além disso, conhecimentos sobre os peixes-bois-marinhos foram compartilhados pelo Prof. Dr. João Carlos Gomes Borges, Coordenador do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho.
Em um segundo momento, foi realizado um simulado de encalhe de animal. A Médica Veterinária Tamiris Rodrigues do PMP–SEAL, conduziu a atividade, proporcionando aos participantes um momento de aprendizado e interação sobre como proceder em caso de encalhe em diferentes situações. “Primeiramente é preciso perceber se o animal encalhado realmente precisa de algum tipo de intervenção nossa ou apenas ser observado, pois em algumas situações é natural que ele esteja onde está”, afirma Rodrigues. A Veterinária ainda alerta sobre os autocuidados que a própria equipe deve ter em situação de encalhe, assim como à atenção que deve ser dada aos populares no sentido de evitar desinformações.
Gabriela do Carmo, Presidenta da Liga de Estudos de Animais Selvagens da Universidade Federal de Sergipe, acredita que foi uma imersão de educação ambiental importante não apenas para o curso de Medicina Veterinária, que normalmente lida diretamente com este tipo de situação, mas também para os outros cursos. “Foi uma oportunidade muito importante para a adquirir conhecimento, tirar dúvidas que a gente tem em relação aos encalhes”, resume.
Manuela Martins, estudante de Ecologia da UFS, conta que ficou feliz de aprender ainda mais sobre o protocolo de encolhe e passar pela simulação. “Hoje eu pude entender como é feito o protocolo no momento do encalhe. Então foi bastante enriquecedor, tivemos contato com profissionais excelentes e aprendemos muito. E com certeza isso agregou muito para a minha vida profissional e para a de todos os meus colegas”, afirma a estudante.
ASCOM FMA / PVPBM