Uma estratégia de conservação e pesquisa para evitar a extinção desta espécie no Nordeste do Brasil
Eles chegam a medir 4m de comprimento e pesar até 1.000 kg. Apesar do tamanho, são criaturas dóceis e cativantes, pertencentes à ordem Sirenia, da espécie Trichechus manatus, conhecida como peixe-boi-marinho. Segundo estimativas, existem aproximadamente 130.000 animais no mundo todo. De acordo com pesquisas desenvolvidas pela Fundação Mamíferos Aquáticos, a Universidade Federal de Pernambuco e a FURG, na área compreendida de Alagoas até o Piauí, a estimativa populacional evidencia aproximadamente 1.100 indivíduos, sendo considerado no Brasil, um dos mamíferos aquáticos mais ameaçados de extinção.
O Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho, realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, é uma estratégia de conservação e pesquisa para evitar a extinção do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) na região Nordeste do Brasil. Foi desenvolvido com referenciais de estratégias nacionais e internacionais para a conservação dos sirênios e apresenta ações inovadoras que vão além do desenvolvimento de pesquisa e tecnologia, contemplando, também, as esferas da educação ambiental, sustentabilidade, desenvolvimento comunitário, fomento ao turismo eco pedagógico, políticas públicas, promoção da cidadania e inclusão social nas áreas de ocorrência da espécie.
Criada em 1989, a Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação dos mamíferos aquáticos e seus habitats, visando a sustentabilidade socioambiental. Atua nacionalmente com atividades que envolvem manejo e pesquisa científica, estudando os efeitos antropogênicos nos recursos marinhos, e com parcerias e ações colaborativas que promovem mudanças socioambientais. Neste contexto, também está inserida no apoio à construção e execução de políticas públicas e marcos regulatórios.